A Cidreira do “jardim dos aromas” foi atacada por um inseto parasita chamado cochonilha.
Estes insetos são da família coccidae que tem cerca de 8 000 espécies.
Apesar de serem potentes ameaças das plantações (roubam a seiva e inoculam toxinas que provocam manchas, definhamento e morte de plantas), as cochonilhas destacam-se, também, na produção de medicamentos (Ceroplastes ceriferus), verniz (Llaveia axin), cera (Ceroplastes ceriferus), laca (Laccifer lacca), e principalmente de corante carmim (Dactylopius coccus).
A espécie Dactylopius coccus vive principalmente em catos do gênero Opuntia e mede de 2 a 5 milímetros de comprimento. Este inseto produz o ácido carmínico, uma hidroxiantapurina glucosídica vermelha, que é extremamente eficaz em repelir os potenciais predadores, como as joaninhas, vespas e formigas. O ácido carmínico é extraído do corpo e dos os ovos do inseto e é utilizado para a produção do famoso corante carmim de cochonilha, utilizado em larga escala pela indústria cosmética e alimentícia.
Este corante é utilizado em gelados, coberturas, , cereais, refrigerantes, licores, geléias, sumos, gomas de mascar, sombras, batons, máscaras, etc
Apesar de acharem este parasita “repelente”, pensem nisso e reparem nos rótulos de embalagens de biscoitos e gelados pois estes costumam conter corantes. Esses corantes, vão encontra-los com nomes como:
“Vermelho 4”,
“Vermelho 3”,
“Carmim”,
“Cochineal”,
“Corante natural carmim de Cochonilha”,
“Corante C.I”,
“Corante ou Colorizante E120” e todos esses são sinônimos de Corante de Cochonilha.
A título de curiosidade:
para se conseguir cerca de meio quilo de corante é necessário a morte de cerca de 70.000 insetos, o que é para muitas pessoas, antiético e cruel. Os insetos são mortos por imersão em água quente ou por exposição ao calor de um forno.