Page 4 - Leituras e Opiniões - prof. Maria José Badalo
P. 4

A minha opinião sobre O meu pé de Laranja Lima

                 Eu gostei muito do livro, porque retrata a vida de uma criança que, para ter felicidade,
               cria uma grande imaginação dentro da sua cabeça, o que na vida real muitas crianças
               fazem. Zezé é uma criança muito endiabrada, mas o que eu mais apreciei é que ele
               próprio admite isso e tenta não ser endiabrado.

                 Zezé também é uma criança muita carinhosa com alguns. Também gostei muito de
               Totoca, pois este, como irmão mais velho, tem o dever de cuidar de Zezé e de Luís.
               Também gostei muito de Glória, porque independentemente do que Zezé fizesse, ela
               estava  lá  sempre  para  o  proteger.  Também  gostei  muito  do  Portuga,  porque  este
               conseguiu fazer com que Zezé ficasse menos endiabrado e mais carinhoso.

                 O livro retrata a vida dos anos 60/70, época na qual os pais não sabiam educar sem
               agredir. Zezé cria um grande mundo de imaginações, porque, no fundo, Zezé não tem
               tantos amigos como ele desejava ter.
                 Eu também gostei muito dos seus irmãos e irmãs, pois, quando puderam começar a
               trabalhar, nem pensaram duas vezes, para ajudar lá em casa. O pé de Laranja Lima era
               uma árvore muito carinhosa, tinha muito ciúmes, sabia ouvir e entender o jeito com que
               Zezé falava, por exemplo, se estava triste, se estava feliz… No fundo, Zezé sempre foi
               carinhoso, sem querer maltratar ou magoar alguém. (Mas acabava sempre por magoar
               alguém, seja física ou psicologicamente).  Também gostei de Luís, pois, quando este
               pedia a Zezé para irem ao Jardim Zoológico e ele não queria ou não lhe apetecia, Luís
               não fazia birra. Luís era também uma criança muito calminha, o que não é normal nas
               crianças com essa idade. Fiquei um bocadinho aborrecido com o pai numa das “surras
               memoráveis “, pois o pai podia ter um comportamento muito melhor. Em vez de bater no
               filho, devia sentar-se com ele e conversar, mas o instinto às vezes é maior.

                 No pesadelo de Zezé, quando este estava doente, o pé de Laranja Lima ajuda-o a sair
               para apanhar ar, para ver se ele ficava melhor, nota-se o bom caráter e a vontade de
               retribuir o carinho, seja em sonhos, em pesadelos ou na vida real.
                 Fiquei  impressionado  com  a  mãe,  pois  esta  gastou  muito  dinheiro  para  comprar  o
               fatinho para Zezé, sabendo da condição financeira da família, o que demonstra que a
               mãe quer o bem para os seus filhos.

                 E, por fim, mais uma vez, gostei muito deste livro e, atualmente, é o meu livro favorito.




                                                                                   Afonso Abranches, n.º 1
   1   2   3   4   5   6   7   8   9