Page 8 - Leituras e Opiniões - prof. Maria José Badalo
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Bom,  antes  de  tudo,  UAU!  Que  livro  fascinante,  isto  vindo  de  uma  pessoa  que  não
               gosta  de  ler.  O  livro  O  Meu  Pé  de  Laranja  Lima,  escrito  por  José  Mauro  de

               Vasconcelos, é um livro que fala sobre a história de um menino chamado Zezé, que

               tanto tem de malandro, como de amoroso, com quem quer, obviamente, e o seu pé de
               laranja lima, Minguinho ou Xururuca, o seu maior confidente e amigo que o divertia e

               o ouvia nos melhores e piores momentos.
               No  início,  fiz  um  grande  sacrifício  para  o  ler,  eu  imaginava  uma  história

               completamente diferente através do título, mas ao mesmo tempo despertava em mim
               uma  curiosidade  de  o  ler.  Não  aguentei  e  ainda  bem,  por  um  lado,  já  por  outro…

               Zezé  encantou-me  com  todo o  seu ser, mau e bom. Parte  da  sua família  irritou-me

               profundamente pelos seus maus-tratos e cobardia para com Zezé, e com parte da família
               estou a referir-me a Totoca, Jandira e o Pai de Zezé, Paulo Vasconcelos. Glória e Luís

               vão ter sempre um lugar no meu coração.

                 Na  minha  opinião,  o  aparecimento  do  Portuga,  Sr.  Manuel  Valadares,  mudou  a
               história por completo. Todas  as partes  em que  o Portuga  aparece  tornaram-se  as

               minhas preferidas,  então,  como  tem  tamanha  importância,  não  se  pode  ficar  apenas
               por boas memórias.

               Este  livro  foi  publicado  em  1968,  foi  traduzido  para  52  línguas  e  publicado  em  19
               países,  adotado  em  escolas  e  adaptado  para  o  cinema,  televisão  e  teatro,  como  se

               pode ver, foi um livro com uma gigantesca fama e muito merecida. Acima de tudo, eu

               adoraria ajudar Zezé  nos seus problemas,  sinto  que,  se conhecesse  aquele  miúdo
               na vida  real, o abraçaria e lhe diria que ficaria tudo bem, que era só uma fase má da

               vida dele. Agradeço  bastante por o Português ter aparecido na vida dele e ter tirado
               aquela nuvem escura de cima da cabeça de Zezé, nem que fosse só por uns instantes.

               Com isto tudo só tenho a dizer que, se forem ler este livro, preparem-se para rir e chorar.



                                                                                       Diana Gouveia, n.º 6
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