Pequenos Leitores, Pequenos Ilustradores - pré-escolar
Vitória, vitória, acabou-se esta história!
Os grupos do Pré-Escolar participaram na construção de uma história. Todos os grupos dos Jardins de Infância promoveram, de forma colaborante e cooperante, a continuidade desta história. Em cada grupo foi possível criar várias conceções e fazer várias explorações, conduzindo as crianças na descoberta do mundo, onde os sonhos se misturam com a realidade, proporcionado-lhes a capacidade de imaginar para além do real. O ato de criar e inventar uma história estimula a imaginação, a criatividade e a oralidade, incentivando o gosto pela leitura, o pensamento lógico, a memória, o espírito crítico, favorecendo assim, o processo de aprendizagem das crianças. O contexto de Educação Pré-Escolar harmoniza experiências literárias ricas e diversificadas, contribuindo para a construção de pequenos leitores.
Era uma vez um ponto colorido que vivia sozinho.
O ponto colorido tinha uns olhos cor-de-rosa, um corpo com a forma de uma bola, uma boca vermelha, umas pernas amarelas, uns cabelos de cor laranja e uns braços coloridos.
Certo dia, acordou bem cedo e foi passear pelo campo. Pelo caminho encontrou muitos pontos coloridos, uns grandes outros pequenos, uns gordos outros magros.
Como vivia sozinho, pensou em fazer uma festa, a festa da Pinhata. Estava ele a pensar como havia de organizar a festa, quando à sua frente apareceu um foco de luz forte, que o deixou numa estátua a observar o que iria acontecer.
Para deixar de estar em estátua, foi buscar um chapéu e pôs na cabeça para não entrar o foco de luz. Com o chapéu na cabeça já podia fazer a festa.
Foi buscar um bolo, gomas e outra Pinhata.
Chamou assim os outros pontos de luz:
- Venham, venham para a minha festa.
- Vamos jogar à bola e às escondidas? E andar de escorrega…
- Não há escorrega - disse um amigo.
- Vamos construir um. Vamos buscar ferramentas à minha casa.
Foram buscar e construíram um escorrega e depois pintaram.
E depois fizeram muitas brincadeiras.
O menino ponto de luz escorregava e pensava que voava…
… e voou mesmo, foi para o céu ao pé do sol, das estrelas e da lua.
Brincou às escondidas e à apanhada com as estrelas. Encontrou os planetas e visitou-os. O primeiro foi Marte e o segundo foi Saturno com o anel, depois Júpiter, Úrano e também foi a Mercúrio, a Vénus e também a Plutão, que já não é planeta.
Pôs uma bandeira em Júpiter, para todos saberem que ele foi o primeiro a chegar lá.
Depois de saltar de um planeta para outro a brincar com eles à escolinha: fazer números; jogar à bola; fazer puzzles e beber chá, resolveu voltar para a terra, mas de repente acordou, tinha estado a sonhar e continuava no escorrega com os amigos.
Brincaram… brincaram. Saltaram e pularam…
Depois estavam cansados e foram descansar para debaixo da árvore à sombra e leram um livro.
Andou… andou e viu um jacaré, deu-lhe comida. Mas também andavam lá mais amigos, uma tartaruga, peixes e uma baleia. Brincaram todos juntos e festejaram a chegada do verão.
De repente acordou e não estava dentro de água, continuava debaixo da árvore, tinha estado a sonhar novamente…
… Apareceu um menino Ponto de Arco-íris e ele queria fazer uma festa da Pinhata. E ele viu que o menino Ponto de Luz estava a dormir.
O menino Ponto de Arco-íris acordou o menino Ponto de Luz. E fizeram outra festa, porque a fogueira apagou-se por causa do vento e foram buscar mais paus para colocar na fogueira. Acenderam a fogueira. Os convidados viram que existia outra festa e foram para lá.
Depois eles dançaram, porque a festa estava a bombar. Atiraram foguetes. E depois foram comer o bolo de chocolate com Oreos e atiraram mais foguetes e bateram palmas…
Então de repente, apareceram os meninos Triângulo, Quadrado, Círculo e Retângulo. Vinham todos a dançar e a cantar até ser de noite, porque estavam felizes. Faziam todos anos, e trouxeram gomas e bolo de anos. Todos entraram na festa, o crocodilo, a baleia, os peixes, a tartaruga e até as alforrecas. Mas eles beberam sumo mágico e comeram as alforrecas a pensarem que era gelatina verde. Riram-se todos, até ficarem cheios de dores de barriga.
Foram à sala vermelha e os meninos trataram de todos e cantaram uma canção que o professor Luís, ensinou e ficaram tão felizes que o polvo, tocou bateria e foram passear para a mata e fizeram um concurso muito giro que era quem apanhava mais “rabinhos de raposa”. Mas ninguém ganhou, porque só sabiam contar até dez, não sabiam quem tinha apanhado mais.
Então deram um abraço a todos e chamaram o ponto colorido que deixou de viver sozinho e foi feliz para sempre a saltar de desenho em desenho de todos os meninos do Planeta Terra. …
...mas a história ainda não acabou… o Ponto Colorido entrou na sala verde e fez um jogo, o jogo dos coloridos. O ponto colorido saltou de desenho em desenho e coloria com tintas, lápis, marcadores, ceras, aguarelas, os desenhos de todos os meninos.
E assim ele já não se sentia sozinho, porque estava em todos os desenhos, de todas as crianças. E já se sentia Feliz.