Contra o Covid19 - sabão e álcool
Durante a pandemia da COVID-19, foram recomendados dois meios de desinfeção do vírus SARS-CoV-2, a repetida lavagem com sabão e o álcool a 60% ou mais. O uso do álcool não causa surpresa porque estamos habituados a usá-lo como meio geral de desinfeção, mas interessa compreender o seu mecanismo de ação. Estes artigos pretendem explicar, de uma forma simples o mecanismo que impede a infeção pelo vírus causador do COVID-19. Como se irá perceber, tudo roda em torno de dois conceitos fundamentais da química (ver anexos).
A pandemia mais mortífera da história, a peste negra da idade média (1346-1351), foi causada por uma bactéria, e terá morto 1/3 dos habitantes do continente europeu (75-125 milhões de pessoas). Um surto desta mesma peste teve lugar na antiguidade, e foi denominada a Peste de Justiniano (541–542 A.D.). Deflagrou no Império Romano do Oriente, podendo ter vitimado 25-100 milhões de pessoas, metade da população europeia naquela época. Mas sobre esta os registos são menos precisos.
A pandemia mais grave causada por um vírus foi a gripe espanhola (1918-1920), que terá causado 50-100 milhões de mortes e terá estado na origem da cessação da 1ª guerra mundial. Esta gripe tinha a particularidade de vitimar essencialmente pessoas jovens, devastando assim vastas extensões dos exércitos beligerantes, constituídos por homens jovens em grande proximidade física. A pandemia mais grave a decorrer nos nossos dias é a SIDA (1981-presente), também causada por um vírus, e que se estima ter morto já 32 milhões de pessoas.
Adaptado de
Fernandes, P.A., Ramos, M.J., (2020) O sabão contra a COVID-19, Rev. Ciência Elem., V8(2):019
Ramos, M.J., Fernandes, P.A., (2020) O álcool contra a COVID-19, Rev. Ciência Elem., V8(2):018